“A constelação como visibilidade?” José A. Bragança de Miranda
Quarta-feira |30 janeiro – 18H | Auditório Museu Coleção BerardoJosé A. Bragança de Miranda
Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa (1990), com agregação em «Teoria da Cultura» (2000) na mesma Universidade. Atualmente é Professor Associado do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, colaborando desde 1992 como Professor Catedrático convidado na Universidade Lusófona.
Resumo
O pensamento teórico e o seu travejamento conceptual tornam-se meras abstracções se não atentarem na multiplicidade empírica e na presença crescente das imagens na contemporaneidade. Um pensamento da totalidade ou um pensamento total ops são puras ficções ou uma forma de violência sobre o real. Neste contexto, ganha um novo sentido a velha frase de Giordano Bruno de que “Pensar é especular com imagens”. O século XX foi fértil de pensamento visivo – com o Atlas de Warburg, os puzzeles de Kuhn, os mapas de F. Jameson, a cartografia foucauldiana, etc. Argumentar-se-à que a noção de constelação apresenta vantagens únicas para a abordagem construtivista do contemporâneo, conseguindo articular empiricidade, conceito e imagens de maneira pregnante.