universidade lusófona
  • Início
  • Notícias
  • “O Mágico, o Universalizável e o Possível: Sobre a Estética e a Imaginação em Simondon.” Catarina Patrício

“O Mágico, o Universalizável e o Possível: Sobre a Estética e a Imaginação em Simondon.” Catarina Patrício

Quarta-feira |10 abril – 18H | Auditório Museu Coleção Berardo

Catarina Patrício

Desenvolve a sua atividade entre a prática artística, o ensino e a investigação científica. Investigadora em pós-doutoramento com bolsa individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia no CECL-CIC.Digital-ICNOVA, e doutorada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa também com bolsa FCT (2014), Patrício é desde 2010 professora de Antropologia do Espaço no departamento de Arquitetura e Urbanismo da ECATI da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Mestre em Antropologia dos Movimentos Sociais pela FCSH-UNL (2008), Catarina Patrício é formada em Pintura pela Faculdade de Belas‑Artes da Universidade de Lisboa (2003) e estudou Fotografia na Fachhochschule Bielefeld (2000). Publica e expõe regularmente. https://catarinapatricio.weebly.com/

Resumo

Uma floresta petrifica-se em cristais intensamente coloridos e brilhantes como estrelas, vitrificando em ávida volição as criaturas vivas, o correr do rio, a vegetação e a fuselagem das embarcações. Suspendeu-se o modo de existência das coisas para se fundar um ciclo inteiramente novo de relações – é este o “Mundo de Cristal”, romance de 1966 de J.D. Ballard, que nos servirá de condutor numa leitura à questão da estética e da imaginação em Gilbert Simondon: a imaginação que, não se desdobrando no fictício, indicia uma verdadeira atividade de realização enquanto pura possibilidade; e o pensamento estético, análogo ao pensamento mágico (e cósmico), como caminho universalizável não exclusivo da obra de arte. Se uma predisposição para a técnica libertou a figura humana da natureza-fundo, consubstanciando a ruptura com a unidade primitiva, será agora uma realização técnica reticular que se coloca como desafio planetário de possibilidade de uma unidade futura.