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Notícias e Eventos

“Constelações : Uma Coreografia e Gestos Mínimos” Ana Rito e Hugo Barata

Quinta-feira |31 OUT – 18H | Auditório Museu Coleção Berardo

Ana Rito

É artista visual, curadora, investigadora e professora. Doutorada em Belas Artes pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, na especialidade de Instalação. Atualmente leciona nos Cursos de Mestrado em Estudos Curatoriais e de Doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. O seu domínio de especialização centra-se nas práticas transmedia, a performatividade da imagem movente e as dinâmicas do espectador. Dos seus projectos curatoriais destacam-se a exposição SHE IS A FEMME FATALE, Fundação de Arte Moderna e Contemporânea Museu Colecção Berardo (2009); OBSERVADORES – Revelações, Trânsitos e Distâncias, Fundação de Arte Moderna e Contemporânea Museu Colecção Berardo (2011); CURATING THE DOMESTIC – Images@home, Trienal de Arquitectura de Lisboa (2013); A IMAGEM INCORPORADA/THE EMBODIED VISION – Performance para a câmara, Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (2014); Arquivo e Democracia, de José Maçãs de Carvalho, MAAT (2017) e CONSTELAÇÕES: uma coreografia de gestos mínimos (2019-2022).

Hugo Barata

É artista visual, curador independente, investigador, professor e mediador cultural. Licenciado em Pintura (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa). Está representado em diversas colecções privadas e públicas, em Portugal e no estrangeiro. Tem realizado projectos de curadoria independente desde 2002. Doutorando em Arte dos Media, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Colabora na área da educação/mediação cultural com o Museu Coleção Berardo, a Fundação Calouste Gulbenkian e o MAAT – Museu de Arte e Tecnologia, no desenvolvimento de diversas estratégias e projectos de intervenção artística. Participa no Projeto 10×10, do Programa Descobrir/Fundação Calouste Gulbenkian, no projeto DESCOLA (EGEAC/DMC) e no Curso de Curadoria para a Infância e da Infância para Todos (Museu Berardo), concebendo e administrando diferentes acções de formação. Trabalha com público NEE (Necessidades Educativas Especiais) na Fundação Calouste Gulbenkian.

Resumo

Walter Benjamin, e depois sob sua influência Theodor Adorno, foi um dos primeiros autores a esboçar uma epistemologia da constelação no início do século XX. De certo modo, a obra de arte pode ser encarada como um seu modelo empírico. A vontade e a intenção de tudo coligir exige uma transgressão política que afeta consequentemente valores de significado e de verdade, constituindo um espaço entre a constelação e o olhar do ser humano, no qual encontramos discursivamente a possibilidade de uma teoria da construção. A constelação é um modo específico e um momento de interminável mediação dialética, que é simplesmente o padrão de relacionamentos com aquilo a que apelidamos de Real. O objectivo da exposição Constelações II: uma coreografia de gestos mínimos, a par do seu primeiro momento inaugurado em maio, é trabalhar a Coleção Berardo – Arte Moderna e Contemporânea como um território horizontal para a curadoria investigativa, investigação esta na qual surgem “cortes” verticais, incisões na sua estabilização permanente, encetando relações mais ou menos aproximadas no tempo e no espaço. Adotando uma postura anacrónica que mergulha subtilmente nos diferentes núcleos, tenta-se olhar e ativar os distintos tempos históricos através da sua influência nas produções artísticas contemporâneas.