Maria João Gamito - Quinta, 28 de Maio, 18h no Auditório do Museu Colecção Berardo.
Resumo
No seu estado de vigília paradoxal, nos termos em que a definiu Paul Virilio, o mundo contemporâneo vive o tempo de uma luz perpétua, uma luz sem noite que, privada dos seus ciclos, a si própria se ilumina.
este tempo, a si mesmo idêntico, corresponde, em termos espaciais, a negação do lugar: o não lugar caracterizado por Marc Augé como lugar paradoxalmente subtraído às qualidades antropológicas que a designação implica.
Tomando como argumento estes dois conceitos, esta comunicação propõe-se discutir as imagens como dispositivos amnésicos: imagens sem pátria imobilizadas, como os homens, na clausura do presente eterno dos espelhos.
Nota Biográfica
Maria João Gamito, Professora Catedrática em Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e Professora Associada Convidada do Departamento de Arquitectura do ISCTE.
Inscreve a sua actividade de investigação nos domínios da Cultura Visual, Teoria da Imagem e Desenho, no contexto específico da Arte Contemporânea.